quarta-feira, 23 de janeiro de 2008


RELÓGIO DO TEMPO

Vejo o tempo fluir por entre meus dedos,
em ondas de luz de sonhos de outrora,
gotas de orvalho de lágrimas choradas,
acordes de violino do passado-presente,
vejo o tempo fluir no meu pensamento.

Repasso meu olhar pelo livro da vida,
versos amorfos das dores sofridas,
páginas soltas dos tempos perdidos,
letras mortas do passado-presente,
Vejo a vida passar no relógio do tempo.

23 JAN 08
A.B

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008



Gostava de descobrir
Porque o sol veio a brilhar,
Para junto de meu leito?
Para me tirar deste sonho,
Que virou pesadelo,
Quando não quero acordar.

Não quero sentir a vida,
Hipócrita que por mim cruza,
Sem sentido, sem amor,
Não quero ver a verdade,
Quero esta meia vida - meia morte,
Que é a merda da minha sorte.

Se perdes um filho,
Sofres com a dor que te assola,
Dor de raiva, dor de tudo ou de nada,
Mas se ele te foge e abandona,
A tua alma não sofre nada,
Que o vazio não tem sofrimento.

Quero estar só,
quero sofrer meu destino,
quero gerir meu viver,
quero amar meu espelho,
quero gritar a quem me ouve,
Quero morrer antes que fique velho.

5 Outubro de 2007

A.B:

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

ALMA NOVA


Olho
pela janela embaciada,
rebuscando no reflexo das imagens ténues,
procurando o sentido do meu ser,
e o meu eu longínquo e indefinido.

Vejo,
naquele rio escuro o breu da noite fria,
de uma vida perdida que se tenta encontrar,
procurando o outro lado do sorrir e do amar.

Sinto
um coração empedernido de mágoas e tristezas,
amores e desamores,
que se quer abrir,
procurando o outro lado do amor-liberdade.

Quero,
uma alma nova que lute de verdade,
com um lado escondido mas que seja claro,
que grite e chore,
mas que busque a felicidade.

27/12/07
A.B©

 
©2006-2007 'Blue 3 colunas' Por Claudya R.