segunda-feira, 1 de março de 2010

O PARANÁ


(O Rio Paraná em Ilha Solteira)

Flui em ondulantes movimentos,
De verde musgo vestido,
Beijando as margens adormecidas.

Seus reflexos coloridos de azul
Inundam de brilho meu olhar,
Que se devaneia no infinito

Levanta-se a neblina matinal,
Repleta de intenso odores.
Escondendo a luz do sol

No ar madrugam viajantes,
Da fauna tropical colorida,
Que dispersa meu pensamento

Gotículas de água–cristal,
Dançam e beijam o arco-íris
Adornando o transparente céu

De repente dobra suas costas,
Sobre a imponente cabeceira
Que encobre a solitária Ilha

Esvoaça o esbelto monstro
Em queda livre nas alturas
Buscando a sua liberdade

Levanta-se muito devagar,
Vai seguindo sua viagem
Que marca o seu destino.

Vai correndo, seguindo o Sol
Desenhado em seu ocaso
Apagando minhas memórias

Finalmente chega o abraço
Do Paraná e do Mar,
E da Ilha que passei a amar.

António Basto©2010

 
©2006-2007 'Blue 3 colunas' Por Claudya R.